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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Seqüestro dos embaixadores

Charles Burke Elbrick 

.Grupo armado que planejou
 MR-8 e ANL
.Por que do seqüestro
Franklin Martins, militante estudantil da Dissidência, foi o idealizador, juntamente com Cid Benjamin, do seqüestro. Inicialmente, Franklin pensava numa ação armada para tirar da cadeia o líder estudantil Vladimir Palmeira, principal articulador político das manifestações contra a ditadura em 1968 na Guanabara. Por acaso, Franklin descobriu que o trajeto que Elbrick fazia de sua casa para a embaixada diariamente era rigorosamente o mesmo, e percebeu que seria bem mais fácil tomá-lo como refém para exigir a libertação de Vladimir.

.Nome e destino de cada seqüestrador
 Virgílio Gomes da Silva: Conhecido como Jonas, Borges e Breno, foi o comandante militar da ação do seqüestro, tendo 36 anos de idade na época. Fez treinamento militar em Cuba, em 1967. Militante da ALN, foi duramente perseguido pelo regime militar logo após o seu envolvimento no seqüestro do embaixador norte-americano. Caiu no dia 29 de setembro de 1969, pouco mais de vinte dias após o desfecho do seqüestro. Não resistiu às sessões de torturas sofridas nas dependências da Oban, morrendo um dia depois da prisão.
Manoel Cyrillo de Oliveira Netto: Com 23 anos na época, foi o segundo comandante militar do seqüestro, sendo um dos que renderam o embaixador. Era vice-comandante do grupo tático armado da ALN em São Paulo. Foi preso no dia 30 de setembro de 1969, permanecendo no cárcere por dez anos.
João Sebastião Rios de Moura: Tinha 22 anos, foi quem deu o sinal de alerta quando o carro do embaixador surgiu na rua do seqüestro. Exilou-se no Chile em 1970, seguindo para a França, de onde só retornou em 1980. Foi morto em Salvador, em 1983, já depois de anistiado, por dois homens que vestiam casacos e chapéus.
Vera Sílvia Araújo de Magalhães Tinha 21 anos, seduziu o chefe de segurança da casa do embaixador, obtendo informações sobre o seu trajeto diário; deu cobertura na captura. Foi presa em 1970, sendo torturada. Foi trocada pelo embaixador alemão, outro seqüestrado pelos guerrilheiros, partindo para o exílio, só retornando ao Brasil após a Anistia. Morreu em dezembro de 2007.
Joaquim Câmara Ferreira: Tinha 56 anos, coordenando as negociações do seqüestro com o governo, ficando o tempo todo na casa, ao lado de Elbrick. Rompeu com o PCB, integrando o comando da ALN. Sucessor natural de Carlos Marighella foi preso no dia 24 de outubro de 1970, sendo levado para um sítio na periferia de São Paulo, onde foi torturado até morrer horas depois.
Sérgio Rubens de Araújo: Tinha 21 anos. Foi quem dirigiu a Kombi verde que levou o embaixador para o cativeiro. Tornou-se uns dos diretores do jornal “Hora do Povo”, órgão oficial do desintegrado ideologicamente MR-8 pós-ditadura.
Cláudio Torres da Silva: Tinha 24 anos, dirigiu todos os carros em que o embaixador foi transportado. Foi preso no dia 9 de setembro, dois dias após o desfecho da ação, ficando na prisão até 1977. Sempre evitou falar no seqüestro, considerando o episódio uma página virada da sua vida
Franklin de Souza Martins: Tinha 21 anos, considerado o autor da idéia do seqüestro, bloqueou o automóvel diplomático, além de dar cobertura contra o carro dos agentes do Cenimar. Deixou o Brasil dois meses depois do seqüestro, indo para Cuba, onde foi treinado em guerrilha. Voltou ao país em 1973. Após a queda da ditadura tornou-se um repórter conceituado, participando do governo do presidente Lula.
Cid de Queiroz Benjamin: Tinha 20 anos, foi quem negociou o seqüestro em São Paulo com os líderes da ALN. Dirigiu o Fusca azul que bloqueou a passagem do carro diplomático e o Fusca que perseguiu e intimidou os agentes do Cenimar. Foi preso em abril de 1970, sendo trocado dois meses depois pelo embaixador alemão. No pós-ditadura tornou-se militante do PT, sendo candidato a alguns cargos políticos.
João Lopes Salgado: Tinha 26 anos, sendo um dos que comandou a cobertura na operação que libertou o embaixador. Nunca foi preso, exilando-se no Chile em 1972, seguindo dali para o Panamá e para a França. Retornou após a Anistia, em 1980.
Fernando Gabeira: Tinha 28 anos, foi quem alugou a casa que serviu como cativeiro, levou mensagens do embaixador para a esposa e deixou em um supermercado, a lista com os quinze nomes dos presos políticos que deveriam ser trocados pelo embaixador. Foi atingindo por uma bala, sendo preso em janeiro de 1970. Foi trocado naquele mesmo ano pelo embaixador alemão. Retornou ao Brasil em 1979, iniciando uma promissora carreira de jornalista, escritor e político, sendo eleito para vários cargos.
Paulo de Tarso Venceslau: Tinha 25 anos, foi quem ao lado de Joaquim Câmara Ferreira, Virgílio Gomes da Silva e Cid Benjamin, preparou a ação em um apartamento em São Paulo. Foi quem rendeu o motorista do embaixador, e quem levou nomes de militantes de São Paulo para o Rio de Janeiro para que se compusesse a lista dos quinze prisioneiros. Foi preso no dia 1 de outubro de 1969, sendo torturado pela Oban. Ficou preso até 1974. No pós-ditadura, ocupou vários cargos políticos no Estado de São Paulo.
.Terroristas que foram libertados

De pé, a partir da esquerda: Luís Travassos, José Dirceu, José Ibrahim, Onofre Pinto, Ricardo Vilas, Maria Augusta, Ricardo Zarattini e Rolando Frati. Agachados: João Leonardo, Agonalto Pacheco, Vladimir Palmeira, Ivens Marchetti e Flávio Tavares.
Nobuo Okushi

.Grupo armado que planejou
VPR  junto com Revolucionário Tiradentes (MRT) e a Resistência Democrática (Rede) planejaram a ação
.Por que do seqüestro
A prisão de Mario Japa, que já tinha estado no campo de treino de Registro, deixou Carlos Lamarca e o comando da VPR apreensivos. Para que se preservasse o sigilo das operações de guerrilha, era necessário que Mario Japa fosse libertado imediatamente. Para libertar Mario Japa, optando-se pelo seqüestro do cônsul japonês em São Paulo, Nobuo Okushi.
.Nome e destino de cada seqüestrador
Dos quinze participantes do seqüestro, oito foram presos: Liszt Benjamin Vieira, Ladislas Dowbor, Marco Antonio Lima Dourado, Miguel Varoni, Oswaldo Soares, Mario de Freitas Gonçalves, José Rodrigues Ângelo Júnior e Fernando Kolleritz. Cinco morreram em combate: Devanir José de Carvalho, José Raimundo da Costa, Alcery Maria Gomes da Silva, Joelson Crispim e Eduardo Collen Leite. Denise Peres Crispim, da Rede, e Plínio Petersen Pereira, do MRT, nunca foram presos.
.Terroristas que foram libertados
Damaris Lucena, esposa de Antônio Lucena, e dos seus três filhos menores. Os outros quatro eram:  Otávio Ângelo, dirigente da ALN; madre Maurina Borges da Silveira, religiosa torturada pelo delegado Fleury, presa por ter cedido uma sala para que os estudantes militantes da FALN de Ribeirão Preto fizessem uma reunião; Diógenes Carvalho de Oliveira, militante da VPR e, finalmente, Chizuo Ozava, o principal e verdadeiro motivo da operação.
Ehrenfried Von Holleen

.Grupo armado que planejou
MRT, ALN e VPR

.Por que do seqüestro
Diante das prisões, torturas e mortes de militantes, era preciso que se desse um último fôlego, e que se fizesse grandes ações que chamassem a atenção do país e alcançassem repercussão ante a comunidade internacional. Foi criada a Unidade de Comando Juarez Guimarães de Brito (UC/JGB), homenagem ao militante morto em combate, retomando os planos dos seqüestros.

.Nome e destino de cada seqüestrador
Juarez Guimarães de Brito, Alex Polari de Alverga, Joaquim Pires Cerveira, Roberto das Chagas e Silva, José Ronaldo Tavares de Lira e Silva e a própria Maria do Carmo Brito. Dos seis nomes encontrados, três estavam presos, Maria do Carmo, José Ronaldo e Joaquim Pires Cerveira; e um tinha sido morto, Juarez Guimarães de Brito; apenas dois militantes ainda permaneciam soltos, sem serem identificados, Alex Polari e Roberto das Chagas.

.Terroristas que foram libertados
Na lista contavam vinte militantes da VPR: Almir Dutton Ferreira, Altair Luchesi Campos, Carlos Minc Baumfeld, Darcy Rodrigues, Dulce de Souza Maia, Edmauro Gopfert, Eudaldo Gomes da Silva, Flávio Roberto de Souza, Ieda dos Reis Chaves, José Araújo de Nóbrega, José Lavecchia, José Ronaldo Tavares de Lira e Silva, Ladislas Dowbor, Liszt Benjamin Vieira, Maria do Carmo Brito, Melcides Porcino da Costa, Oswaldo Antonio dos Santos, Oswaldo Soares, Pedro Lobo de Oliveira e Tercina Dias de Oliveira; os outros vinte faziam parte de várias organizações, sendo eles: Aderval Alves Coqueiro, Ângelo Pezzutti da Silva, Apolônio de Carvalho, Carlos Eduardo Fayal de Lira, Carlos Eduardo Pires Fleury, Cid de Queiroz Benjamin, Daniel Aarão Reis, Domingos Fernandes, Fausto Machado Freire, Fernando Paulo Nagle Gabeira, Jeová Assis Gomes, Joaquim Pires Cerveira, Jorge Raimundo Nahas, Marco Antonio Azevedo Meyer, Maria José Carvalho Nahas, Maurício Vieira Paiva, Murilo Pinto da Silva, Ronaldo Dutra Machado, Tânia Rodrigues Fernandes e Vera Sílvia Araújo Magalhães.
Giovanni Enrico Bucher

.Grupo armado que planejou
Eram elas a Ação Libertadora Nacional (ALN), a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), o Movimento Revolucionário Oito de Outubro (MR-8), o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) e o Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT).
.Por que do seqüestro
Mesmo assim, chegaram ao fim de 1970 com a euforia de praticar grandes ações na semana que se iria completar um ano do assassínio de Carlos Marighella, principal liderança da luta armada, acontecido em 4 de novembro de 1969. O nome de Marighella servia de incentivo aos incansáveis guerrilheiros. No meio das ações que conclamariam as homenagens a Marighella, estava nos planos da VPR o seqüestro do embaixador da Suíça, Giovanni Enrico Bucher.
.Nome e destino de cada seqüestrador
Alex Polari Alverga, Maurício Guilherme da Silveira, Carlos Lamarca e Gerson Theodoro de Oliveira
.Terroristas que foram libertados
Afonso Celso Lana Leite, Afonso Junqueira de Alvarenga, Aluísio Ferreira Palmar, Antonio Expedito Carvalho Pereira, Antonio Rogério Garcia da Silveira, Antonio Ubaldino Pereira, Aristenes Nogueira de Almeida, Armando Augusto Vargas Dias, Bruno Dauster Magalhães e Silva, Bruno Piola, Carlos Bernardo Vainer, Carmela Pezzuti, Christóvão da Silva Ribeiro, Conceição Imaculada de Oliveira, Daniel José de Carvalho, Derci Fensterseifer, Derly José de Carvalho, Edmur Péricles Camargo, Elinor Mendes Brito, Encarnación Lopes Peres, Francisco Roberval Mendes, Geny Cecília Piola (casada com Bruno, levou suas três filhas menores, Tatiana, Kátia e Bruna), Gustavo Buarque Schiller, Humberto Trigueiros Lima, Irani Campos, Ismael Antônio de Souza, Jaime Walwitz Cardoso, Jairo José de Carvalho, Jean Marc Friedrich Charles Van der Weid, João Batista Rita, João Carlos Bona Garcia, Joel José de Carvalho, José Duarte dos Santos, Jovelina Tonello do Nascimento, Julio Antonio Bittencourt de Almeida, Lúcio Flávio Uchoa Regueira, Luiz Alberto Leite Sanz, Manoel Dias do Nascimento, Mara Curtiss de Alvarenga, Marco Antonio Maranhão da Costa, Maria Auxiliadora Lara Barcelos, Maria Nazareth Cunha da Rocha, Nancy Mangabeira Unger, Nelson Chaves dos Santos, Otacílio Pereira da Silva, Paulo Roberto Alves, Paulo Roberto Telles Franck, Pedro Alves Filho, Pedro Chaves dos Santos, Pedro Viegas, Pedro Paulo Bretãs, Rafael de Falco Neto, Reinaldo Guarany Simões, Reinaldo José de Melo, René Louis Laugery de Carvalho, Roberto Antônio de Fortini, Roberto Cardoso Ferraz do Amaral, Roque Aparecido da Silva, Samuel Aarão Reis, Sonia Regina Yessin Ramos, Takao Amano, Tito de Alencar Lima, Ubiratan de Souza, Ubiratan Vatutin Herzcher Borges, Valneri Neves Antunes, Vera Maria Rocha Pereira, Wânio José de Matos, Washington Alves da Silva, Wellington Moreira Diniz e Wilson Nascimento Barbosa.

Conclusão:
 Realizados para chamar a atenção internacional do que acontecia no Brasil, os seqüestros aos diplomatas serviram para a troca dos líderes políticos que estavam presos nos calabouços a sofrer torturas, tendo muitos deles perecido, não resistindo às atrocidades. A logística dos seqüestros mostrou a habilidade ofensiva dos grupos armados, mas foi o golpe de misericórdia sobre as suas cabeças, forçando o regime militar a intensificar a perseguição e repressão aos que se opunham à ditadura, agindo de forma violenta, matando, torturando e aniquilando de vez qualquer resistência. Os seqüestros representaram o auge da resistência armada e, também, o seu fim definitivo
Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Burke_Elbrick
http://jeocaz.wordpress.com/2009/07/26/os-sequestros-que-abalaram-a-ditadura-militar/

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O que são crimes ambientais?

São considerados crimes ambientais as agressões ao meio ambiente e seus componentes (flora, fauna, recursos naturais, patrimônio cultural) que ultrapassam os limites estabelecidos por lei. Ou ainda, a conduta que ignora normas ambientais legalmente estabelecidas mesmo que não sejam causados danos ao meio ambiente.
Por exemplo, no primeiro caso, podemos citar uma empresa que gera emissões atmosféricas. De acordo com a legislação federal e estadual específica há certa quantidade de material particulado e outros componentes que podem ser emitidos para a atmosfera. Assim, se estas emissões (poluição) estiverem dentro do limite estabelecido então não é considerado crime ambiental.
No segundo caso, podemos considerar uma empresa ou atividade que não gera poluição, ou ainda, que gera poluição, porém, dentro dos limites estabelecidos por lei, mas que não possui licença ambiental. Neste caso, embora ela não cause danos ao meio ambiente, ela está desobedecendo a uma exigência da legislação ambiental e, por isso, está cometendo um crime ambiental passível de punição por multa e/ou detenção de um a seis meses.
Da mesma forma, pode ser considerado crime ambiental a omissão ou sonegação de dados técnico-científicos durante um processo de licenciamento ou autorização ambiental. Ou ainda, a concessão por funcionário público de autorização, permissão ou licença em desacordo com as leis ambientais.
Como evitar?

 
Fazer queimadas somente com autorização do IBAMA e de forma controlada, com a construção de aceiros - barreiras que impedem a propagação das chamas. O aceiro pode ser feito em forma de vala ou limpeza do terreno de modo a obstruir a passagem do fogo

Apagar com água o resto do fogo em acampamentos para evitar que o vento leve as brasas para a mata, causando incêndios

 Não jogar pontas de cigarro acesas próxima a qualquer tipo de vegetação

 Está proibido o uso de fogo em áreas de reservas ecológicas, preservação permanente e parques florestais
Não jogar lixo em rios
Não manter animais em cativeiros e praticar pesca ilegal

O Bloqueio de Berlim e suas consequências


O Bloqueio de Berlim (de 24 de junho de 1948 a 11 de maio de 1949) tornou-se uma das maiores crises da Guerra Fria, desencadeada quando a União Soviética interrompeu o acesso ferroviário e rodoviário à cidade de Berlim Ocidental. A crise arrefeceu ao ficar claro que a URSS não agiria para impedir a ponte aérea de alimentos e outros gêneros organizados e operados pelos Estados Unidos, Reino Unido e França.
Com o término da Segunda Guerra Mundial em 8 de maio de 1945, tropas soviéticas e ocidentais (americanas, britânicas e francesas) encontravam-se espalhadas pela Europa, aquelas a leste, estas a oeste, formando uma linha divisória arbitrária no centro do continente. Na Conferência de Potsdam, os aliados acordaram dividir a Alemanha derrotada em quatro zonas de ocupação (conforme os princípios previamente definidos na Conferência de Ialta), conceito também aplicado a Berlim, que foi então partilhada em quatro setores. Como Berlim havia ficado bem no centro da zona de ocupação soviética da Alemanha (que viria a tornar-se a Alemanha Oriental), as zonas americana, britânica e francesa em Berlim encontravam-se cercadas por território ocupado pelo Exército Vermelho. Esta situação viria a ser um ponto focal das tensões que levariam à dissolução da aliança sovieto-ocidental formada na Segunda Guerra.
A URSS encerrou o bloqueio à 00h01 de 12 de maio de 1949. Contudo, a ponte aérea continuou a funcionar até 30 de setembro, pois os quatro países ocidentais preferiram criar um estoque de suprimentos em Berlim Ocidental para o caso de novo bloqueio soviético.
Criada em 1949 e com sede em Bruxelas, na Bélgica; a OTAN, foi uma das mais importantes organizações militares criada para defender a Europa Ocidental da ameaça soviética. Sua criação, foi a resposta norte-americana ao bloqueio a Berlim Ocidental, implementado por Stalin entre junho de 1948 e maio de 1949.
 Delimitava-se, assim, a zona de influencia norte-americana na Europa Ocidental, com a construção de uma serie de bases militares e a constituição de um gigantesco mercado de armamentos convencionais e nucleares para o complexo industrial-militar dos Estados Unidos e seus aliados.
 Outra conseqüência  importante do bloqueio a Berlim foi a criação da Republica Federal da Alemanha _ RFA, ou Alemanha Ocidental, em maio de 1949, nas zonas ocupadas pelos Estados Unidos, Reino Unido e Franç
ENSINAMENTOS DE SÓCRATES PARA JUVENTUDE

Para conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso desenvolver em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos.
Deve-se temer mais o amor de uma mulher, do que o ódio de um homem.
Uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida.
Sob a direção de um forte general, não haverá jamais soldados fracos.
Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses.
O verdadeiro conhecimento vem de dentro.
Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.
O ideal no casamento é que a mulher seja cega e o homem surdo.
Só sei que nada sei.
Meu conselho é que se case. Se você arrumar uma boa esposa, será feliz; se arrumar uma esposa ruim se tornará um filósofo.
O amigo deve ser como o dinheiro, cujo valor já conheceu antes de termos necessidade dele.
Existe apenas um bem, o saber, e apenas um mal, a ignorância.
Aquele a quem a palavra não educar também o pau não educará.
Não penses mal dos que procedem mal; pensa somente que estão equivocados.
Aquilo que não puderes controlar, não ordene.
O que deve caracterizar a juventude é a modéstia, o pudor, o amor, a moderação, a dedicação, a diligência, a justiça, a educação. São estas as virtudes que devem formar o seu caráter.
A maneira mais fácil e mais segura de vivermos honradamente consiste em sermos, na realidade, o que parecemos ser.
Três coisas devem ser feitas por um juiz: ouvir atentamente, considerar sobriamente e decidir imparcialmente.
Se todos os nossos infortúnios fossem colocados juntos e, posteriormente, repartidos em partes iguais por cada um de nós, ficaríamos muito felizes se pudéssemos ter apenas, de novo, só os nossos.
O homem faz o mal, porque não sabe o que é o bem.
Não vivemos para comer, mas comemos para viver.
A maneira de se conseguir boa reputação reside no esforço em se ser aquilo que se deseja parecer.
Pois bem, é hora de ir: eu para morrer, e vós para viver. Quem de nós irá para o melhor é obscuro a todos, menos a Deus.
A vida sem ciência é uma espécie de morte.
Se alguém procura a saúde, pergunta-lhe primeiro se está disposto a evitar no futuro as causas da doença; em caso contrário, abstém-te de ajudá-lo.
Não sou nem ateniense, nem grego, mas sim um cidadão do mundo.


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Política de boa vizinhança


Implementada durante os governos de Franklin Delano Roosevelt nos Estados Unidos (1933 a 1945), a chamada política de boa vizinhança tornou-se a estratégia de relacionamento com a América Latina no período. Sua principal característica foi o abandono da prática intervencionista que prevalecera nas relações dos Estados Unidos com a América Latina desde o final do século XIX. A partir de então, adotou-se a negociação diplomática e a colaboração econômica e militar com o objetivo de impedir a influência européia na região, manter a estabilidade política no continente e assegurar a liderança norte-americana no hemisfério ocidental.
Oficialmente essa política consistia em investimentos e venda de tecnologia norte-americana para os países latino-americanos, mas em troca, estes deviam dar apoio a política norte-americana. Ela consistia, no entanto, de um esforço para aproximação cultural entre EUA e América Latina, cujas relações vinham se deteriorando devido ao forte intervencionismo norte-americano durante a política do "Big Stick", lançada por Theodore Roosevelt em 1901. Ela foi praticada em diversas frentes, sendo centrais o cinema e o rádio ( o Zé carioca, por exemplo, foi criado nesse período), sendo que se manifestava tanto nos EUA como na América Latina. Porém, ela nunca foi simétrica: enquanto na América Latina propagavam-se as qualidades da cultura norte-americana, como os valores democráticos e o industrialismo, nos EUA caracterizava-se a cultura Latina pelas belezas naturais e o exotismo. A campanha de propaganda iniciada aí, junto com as alianças estratégicas firmadas durante a Segunda Guerra Mundial - como a que deu ao Brasil a CSN -, garantiu o domínio norte-americano nas Américas, permitindo que os EUA partissem para disputar a influência sobre a Europa com a União Soviética durante a Guerra-Fria. A grande quantidade de vocábulos em Inglês que vemos por todo o lado no Brasil - na publicidade e na moda, principalmente - e a influência da Pop Music - MTV - e do cinema Hollywoodiano, são facetas da penetração cultural norte-americana no Brasil, que data desse período.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica_da_Boa_Vizinhan%C3%A7a
http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos30-37/RelacoesInternacionais/BoaVizinhanca